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Conversa de Homens

Existe um novo paradigma de masculinidade. O Homem Deixou de ser um parvalhão, passou a ser uma pessoa!

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Solidariedade reúne mais de cinco mil euros para Bombeiros

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Hoje, mais uma vez, a conversa surge em tom de notícia solidária. Porque se trata também da união de uma classe profissional em torno de uma causa que tem por objetivo ajudar os bombeiros. E porque esta é também uma conversa de homens e mulheres. A causa justifica também a ausência nos últimos dias...

 

O evento Uma Imagem Solidária reuniu 5.286 euros que serão entregues diretamente aos Bombeiros Voluntários de Castanheira de Pera. Esta ação de solidariedade, que teve como impulsionador o fotojornalista da Lusa, António Cotrim, juntou 201 profissionais de fotografia.

 

Cada um doou uma foto, respondendo ao apelo "o melhor de cada um de nós para os melhores de todos nós (os bombeiros)" que esteve exposta na Fundação Portuguesa das Comunicações, em Lisboa, entre 19 e 22 de julho de 2017.

 

O conjunto de fotos, montadas numa instalação da autoria do arquitecto Rui Órfão, que a baptizou de "Floresta de Imagens", foi alvo dos olhares atentos de todos os que quiseram contribuir para esta causa com um donativo mínimo de 20 euros em troca de uma das fotos, à escolha.

Os prejuízos diretos dos incêndios ascendem a 193,3 milhões de euros, estimando-se em 303,5 milhões o investimento em medidas de prevenção e relançamento da economia.

No dia da inauguração, onde marcaram presença cerca de 400 pessoas, foram colhidas desta "floresta" cerca três quartos das fotos. No segundo dia, as restantes imagens acabaram por ser "cortadas" da floresta e, perante o sucesso da inciativa, a Fundação decidiu manter as restantes ainda durante o dia de sexta e sábado tendo a floresta ficado vazia.

 

Os 5.286 euros reunidos serão entregues em mão nos próximos dias pelos organizadores da iniciativa aos Bombeiros de Castanheira de Pera. A escolha desta corporação teve por base a perda da vida de um dos seus bombeiros, Gonçalo Correia, a 19 de junho de 2017.

 

A inauguração, que contou com a presença do Comandante dos Bombeiros Voluntários de Castanheira de Pera, José Domingues, realizou-se um mês após a morte deste bombeiro. "Vim agora de Santa Maria, onde estão dois homens da corporação (pai e filho), a recuperar dos ferimentos graves que sofreram também neste incêndio", afirmou José Domingues.

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José Domingues, comandante dos Bombeiros Voluntários de Castanheira de Pera

Recorde-se que em junho ocorreram dois grandes incêndios em Pedrógão Grande e Góis, tendo o primeiro provocado 64 mortos e mais de 200 feridos. Números que estão, no entanto, a aumentar devido a falhas na contabilização por parte das entidades oficiais e governamentais.

 

Estes fogos terão afetado aproximadamente 500 habitações, 169 de primeira habitação, 205 de segunda e 117 já devolutas. Quase 50 empresas foram também afetadas, assim como os empregos de 372 pessoas.

 

Os prejuízos diretos dos incêndios ascendem a 193,3 milhões de euros, estimando-se em 303,5 milhões o investimento em medidas de prevenção e relançamento da economia.

 

Mais de dois mil operacionais estiveram envolvidos no combate às chamas que consumiram 53 mil hectares de floresta, o equivalente a cerca de 75 mil campos de futebol.

 

Além da presença na inauguração do presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, o evento contou com a visita, a título pessoal, do ministro do Ambiente e, no segundo dia, da líder parlamentar do CDS e candidata à autarquia da capital, Assunção Cristas, e do recém eleito líder Parlamentar do PSD, Hugo Soares.

 

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Hugo Soares, líder parlamentar do PSD, e António Cotrim, fotojornalista da Lusa.

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Paulo Guerrinha, jornalista, Teresa Salema, adminsitração da Fundação Portuguesa das Comunicações, Assunção Cristas, líder do CDS, e António Cotrim, fotojornalista da Lusa.

A líder do CDS explicou ainda a razão da escolha desta foto. Tem tudo a ver com uma memória de criança.

 

Uma imagem solidária junta mais de 180 fotojornalistas e fotógrafos

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Uma Imagem Solidária, o melhor de cada um de nós para os melhores de todos nós. Este é o mote da iniciativa que o fotojornalista da Lusa, António Cotrim, lançou como desafio aos fotógrafos e fotojornalistas portugueses para angariar uma verba a ser entregue aos Bombeiros de Castanheira de Pera.

 

A adesão superou as expectativas e em pouco tempo uniram-se nesta causa mais de 180 profissionais que cederam uma imagem para o evento que se realiza no dia 19 de julho, a partir das 18 horas, na Fundação Portuguesa das Comunicações.

 

Chegaram fotos de profissionais em Portugal mas também do Brasil, alemanha, Ucrânia, Macau e de outros países onde estão a residir alguns fotógrafos e fotojornalistas portugueses, ou com ligações a Portugal.

No dia 19 de julho, pelas 18 horas, visite a Fundação das Comunicações, descubra a Floresta de Imagens e contribua para os Bombeiros de Castanheira de Pera.

Esta iniciativa cumpriu, para já, o objectivo de unir os profissionais da fotografia, o que irá fazer com estejam reunidos no mesmo espaço fotografias de mais de 180 autores. O objectivo principal depende do público e das contribuições que cada um vai dar a troco de Uma Imagem Solidária.

 

O Incêndio de Pedrógão Grande não tem precedentes na história portuguesa, nem em dimensão, nem número de vítimas mortais e é aos Bombeiros que compete lutar pelas vidas de todos os que são apanhados pelos incêndios. Muitas vezes, colocando em risco a sua própria vida para salvar as dos outros.

 

Por isso, nesta iniciativa, que vai viver sobre o mote Uma Floresta de Imagens, os visitantes poderão mostrar que os Bombeiros, os melhores de todos nós, merecem um reconhecimento que se deve prolongar ao longo de todo o ano e não apenas na época dos incêndios.

 

As fotos que vão estar em exposição, na dimensão de 30X40 cm, podem ser também apreciadas na conta de Instagram ou na Página de Facebook criada para o evento.

 

A Fundação Portuguesa das Comunicações aderiu à iniciativa, abrindo o seu espaço para o evento, a Colorfoto contribuiu com a oferta da impressão das fotos e a Evento Gourmet apoia com o catering da inauguração.

 

O blog Conversa de Homens convida todos os seus seguidores a estarem presentes e a contribuirem para esta causa a favor dos Bombeiros de Castanheira de Pera.

 

O evento está a ser organizado por António Cotrim (mentor da iniciativa), Cristina Fernandes e Paulo Guerrinha.

 

A par disso, esta será a foto que a foto com a qual irei contribuir.

 

#umaimagemsolidaria @pguerrinha

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Abriram as portas dos festivais...

Hoje começam os festivais de verão. Um fenómeno antigo que atrai jovens e menos jovens amantes da música. Vão porque gostam das bandas mas também pelas experiências. Em 2003, quando fui desafiado para ser responsável pelo site do Rock in Rio-Lisboa (a primeira edição iria realizar-se em Portugal no ano seguinte e seria o regresso após um interregno de quase dez anos) a Internet não era o que é hoje. Não havia Facebook, e a Internet significava computador.

 

Mas não vou debruçar-me sobre o tema tecnológico, nem no caminho feito ao nível da cobertura de um evento desta dimensão através do digital onde havia, inclusivamente, uma área com atualizações ao minuto, em direto (em texto, é certo) de tudo o que se estava a passar nos palcos e no recinto em geral. De um site que ultrapassou o milhão de visitas em cada dia de festival. Vou falar de organização de eventos e da qualidade que o Rock in Rio trouxe aos festivais de verão.

 

Roberto Medina, costumo dizer, é uma das pessoas com quem mais gostei de trabalhar. Não é uma pessoa fácil, é exigente, as ideias fluem a uma velocidade frenética e toda a equipa de produção fica em polvorosa para conseguir colocar algumas delas em prática. Mas, no fim de tudo, resultam e todos saem com o orgulho em alta porque conseguiram implementar uma ideia que, de início, parecia uma loucura.

 

Irei dizer sempre, que foi um orgulho estar incluído naquela equipa de produção. Foram meses de preparação, reuniões, noitadas a procurar qualquer pormenor que para publicar no site do evento. Horas, à espera que o gelo artificial surgisse para o poder filmar e fotografar. Participei na edição de 2004, 2006 e 2008. Depois, abracei o projecto do Sapo Desporto.

 

E irei dizer sempre que foi Roberto Medina que descobriu, no centro da capital portuguesa, um espaço único para a realização de eventos de música com uma dimensão nunca antes vista. Há muitas histórias por contar, outras tantas já publicadas em livro pela própria produção do Rock in Rio, mas há algumas que me ficaram mais na retina como, por exemplo, ter sanitas a sério, casas de banho minimamente aceitáveis, num festival de música. Foi uma coisa quase do outro mundo. Um espanto quando, numa reunião geral, surgiu essa ideia. E Roberto Medina, fez aquele ar sério que diz, "estão a duvidar de quê? Vamos construir casas de banho a sério"...

 

E foram construídas. Mantê-las minimamente limpas, obrigou a uma operação específica. E a coisa até correu melhor do que se poderia esperar. Quando, em 2005, decidiu lançar os packs de Natal, disponibilizados em dezembro, para um festival que iria ocorrer em maio/junho do ano seguinte, e ainda sem um único nome artístico revelado, muitos pensaram que iria ser um fiasco. Esgotou em poucos dias. Uma espécie de reconhecimento do público pela qualidade do evento e das bandas contratadas para o festival.

 

A grande maioria dos festivais que já existiam em Portugal, viram-se também eles obrigados a seguir alguma estratégia ao nível da qualidade dos recintos, nos cuidados com os pontos de alimentação e bebidas, nos stands dos patrocinadores.

 

Ainda há pessoas que defendem que ir a um festival de música é comer pó. Roberto Medina, todos os dias, se preocupava com a relva do Parque da Bela Vista. Tinha de estar “verdinha” no dia da abertura das portas. Não foi tarefa fácil e, quando percebeu que era quase impossível manter a relva durante os cinco dias do festival, mesmo regando diariamente, avançou para colocação de um tapete de relva sintética. Afinal, nada resiste à passagem de 90 mil pares de pés aos saltos pelo recinto.

 

Hoje, é possível ver que a moda pegou a outros festivais. E isto é uma coisa boa, é a prova que, por vezes, precisamos de ter concorrência, pessoas com uma visão mais ousada, para melhorar o produto que temos.

 

Eu, que nem sequer sou um dos maiores fãs de festivais de verão (principalmente agora com uma filha pequena) vivi aqueles tempos em aprendizagem diária. Conheci os bastidores, estive lado a lado com algumas das maiores estrelas da música internacional, fui a Nova Iorque e esperei quase 16 horas por Axl Rose, quando regressou para lançar o Chinese Democracy (momento na foto que ilustra este artigo) e estive com ele em palco (já com a sala de espetáculos vazia); percebi o nervosismo da maior parte dos artistas antes da entrada em palco e que (aparentemente) desaparece assim que enfrentam a multidão de 90 mil pessoas aos gritos.

 

Assisti ao telefonema de Fergie, dos Black Eyed Peas, para a mãe, no final da atuação, a tentar que ela entrasse no site do festival para ver as fotos que "já estão disponíveis".

 

Era o espanto da velocidade da Internet a começar a surgir. Afinal, tinha acabado de sair do palco e o site do festival já tinha um texto e as fotos da atuação. Quase em tempo real, de Lisboa para o mundo. "Estas fotos são do espetáculo de hoje?", perguntou-me quando lhe mostrei, no backstage o computador com o artigo e galeria de fotos.

 

E isto é apenas um resumo, muito básico, da experiência vivida. Cada história teria de ser contada em separado. Hoje, passados 13 anos do Rock in Rio-Lisboa 2004, olho para o Facebook e está invadido por diretos feitos por todos os que estão à porta do Nos Alive e penso como, numa década, a Internet evoluiu de forma brutal. Tal como a qualidade dos festivais de verão.

 

Como já disse, não sou o maior fã dos festivais, já fui a alguns, em trabalho, já comi pó e andei aos encontrões, mesmo em trabalho, mas continuo a perceber que a inovação lançada por Roberto Medina, em 2004, foi consequente e contribuiu para a melhoria substancial das condições dos recintos. Agora, venha a boa música! Eu Vou, para o ano!