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Conversa de Homens

Existe um novo paradigma de masculinidade. O Homem Deixou de ser um parvalhão, passou a ser uma pessoa!

Existe um novo paradigma de masculinidade. O Homem Deixou de ser um parvalhão, passou a ser uma pessoa!

Como manter uma relação duradoura?

IMG_20170729_202611_1.jpg Uma das perguntas à qual todos procuram responder. Não para os outros mas, muitas vezes, para si próprios. Eu considero-me um abençoado nesta matéria. No final de julho celebrei 17 anos de casamento, 22,5 se considerar o tempo de namoro, e a minha mulher (que conheci na faculdade) apercebeu-se que já está há mais tempo ao meu lado do que sem mim. E, sentada à mesa, ao jantar, enquanto brindávamos à data, mostrou algum espanto!

 

- Estou contigo há mais tempo do que sem ti! - disse, com espanto no olhar.

- Isso é mau? - perguntei.

- Não, é apenas estranho!

 

Este pequeno diálogo poderia, em muitos casos, ser mais do que suficiente para criar um atrito, uma discussão, enaltecer a insegurança. Não o fez e o tempo que partilhamos, a intimidade que construímos, permite ultrapassar todas as incertezas e dúvidas. E permite que eu possa publicar este texto sem a deixar a ela própria insegura.

E brindámos novamente, "a pelo menos mais 17", enquanto observávamos a nossa filha, a caminho dos quatro anos de idade, a interagir com todas as crianças que estavam neste restaurante plantado em Beringel.

 

Raramente discutimos (se podemos considerar esses momentos mais acesos como discussão). Odiamos o barulho de discussões, mesmo das alheias. Talvez seja esse um dos ingredientes secretos para esta vida a dois, 22 anos que parecem meia dúzia. Não guardamos rancores, sai quando tem de sair, mas existe uma intimidade e aceitação dos defeitos do outro que permite esta paz.

 

Esta relação, como já escrevi há uns tempos, não faz esquecer o passado. E posso mesmo afirmar que, provavelmente, ao longo do dia, haverá um ou outro momento que me faz recordar relações antigas. Amores que o foram, que marcaram e que irão marcar até ao fim dos dias. O amor não se esquece, mesmo quando termina uma relação. É o passado, o amor que nos foi moldando!

 

Somos humanos e consideramos "o máximo" quando um casal mantém uma relação de amizade após a separação. São casos raros, quando somados e encontrada a porcentagem de casos positivos. Da minha parte, tal como já o referi há uns meses, num outro post sobre o facto de não esquecermos os namoros antigos, guardo para mim todas as mulheres que fizeram parte da minha vida amorosa.

Muitas vezes penso se a vida é uma questão de sorte ou se a sorte se constrói com a vontade que temos de alcançar algo.

Da maioria, perdi o contacto, mas fico feliz por saber que aquelas que me foram mais próximas são felizes e têm vidas recheadas de amor. Tal como me entristece os casos das que foram atingidas pela onda de má sorte que paira sobre uma grande maioria de pessoas no capítulo amoroso.

 

Encontrar a cara-metade, como se costuma dizer, a alma gémea, é difícil. Ou talvez isso seja, em parte, uma questão de atitude. Uma vida a dois exige compromisso e algum ajuste. E, acima de tudo, respeito total pel@ parceir@.

 

Já fui mais irresponsável, mais jovem, cometi as minhas loucuras e consegui, felizmente, ultrapassar barreiras. Muitas das coisas boas que consegui, foram alcançadas também graças à influência das mulheres que fizeram parte da minha vida nesse determinado momento. E tive momentos que podiam ter corrido pior!

 

Somos humanos, temos dificuldade em lidar com esta frontalidade e, também por isso, não haverá nomes revelados. Eu, que atualmente (ao contrário de há uns anos, um pouco mais inseguro) me considero até com algum espírito aberto, talvez reagisse mal a uma conversa de um antigo namorado para com a minha mulher. É o sangue quente a falar mais alto! Apesar de já ter conseguido passar de forma positiva alguns testes de stress!

 

Mas todos temos um passado. E a não ser que se tenha vivido sempre com o mesmo amor, que também os há, todos os homens e mulheres (sim, até os nossos pais) têm guardado na memória as paixões mais antigas.

 

Por isso, como forma de celebrar estes 17 anos de casamento, quatro de alegria por uma filha fantástica, gostava de agradecer também a todas as mulheres que me encaminharam até aqui. Como é óbvio, há sempre "a namorada" da juventude, aquela que nos fez descobrir o mundo e que, no meu caso, decidiu, naquele momento, despedaçar-me o coração!

 

Aprendi com o tempo que nada acontece por acaso e que tudo tem um motivo. Cada um seguiu a sua vida e ao fim de 23 anos o balanço é positivo. Quem me segue, sabe que tenho muitas reservas em relação ao Facebook porque nos permite "invadir" aquilo que voluntariamente publicamos, mas nem tudo é mau nesta rede social. Este voyerismo permite, por exemplo, mostrar que também ela leva uma vida feliz.

 

E isso também é um motivo de alegria. Mas continua a fazer-me alguma confusão as distâncias que se criam entre pessoas que já partilharam uma parte importante das suas vidas.

 

Construo este blogue tendencioso, de acordo com aquilo que sou, no homem que me tornei e na forma como encaro a vida. Há quem possa considerar como uma atitude egocêntrica mas acredito mais numa tentativa de provar que é possível haver um homem diferente, que não receia assumir os seus amores. Sensível, que respeita a mulher (as mulheres) e a vida. Sem esquecer o passado, os erros e asneiras cometidas que também contribuiram para construir o futuro (o presente).

 

E se sou aquilo que sou, devo-o a todas as pessoas que tiveram influência na minha vida. Coisas boas, coisas menos boas, coisas que na altura se assemelharam ao fim do mundo mas que se revelaram num momento de oportunidade.

 

Não nasci num berço de ouro. Quando olho para trás penso que o destino teria outros projectos para a minha vida. Ou, quem sabe, seja eu o dono do meu destino e o tenha construído e moldado às minhas necessidades. Tomei opções, algumas menos boas, mas que ajudaram a encontrar o caminho que me trouxe até aqui.

 

E há pessoas que tiveram uma influência muito positiva nessas escolhas. Não porque me facilitaram a vida mas porque me obrigaram a lutar, a provar que poderia ser mais do que aquilo a que estava destinado. El@s, provavelmente, sabem quem são! Haverá muitos agradecimentos a fazer mas um obrigado especial para ti, "Coquinhas!"

 

E como este é um momento de férias, não se esqueçam dos amores de verão. Das loucuras provocadas pelo calor. Quando vividas com paixão, são momentos inesquecíveis, mas bons!

 

Neste momento, estou feliz e respondendo às vossas dúvidas, sim, a minha mulher sabe que estou a escrever este texto. Por isso, nada temam. São assim as relações fortes, assentes em pilares como a confiança, amor, amizade e respeito. E duradouras!

 

Tenho a meu lado uma mulher apaixonante, desafiante, lutadora e uma filha que "dá abracinhos". Espero que assim se mantenha. E que eu possa continuar a viver a vida de forma apaixonada!

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