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Conversa de Homens

Existe um novo paradigma de masculinidade. O Homem Deixou de ser um parvalhão, passou a ser uma pessoa!

Existe um novo paradigma de masculinidade. O Homem Deixou de ser um parvalhão, passou a ser uma pessoa!

Qual o atributo que mais atrai os homens?

 

É polémico. Num grupo de homens, se lhes for pedido para responderem em simultâneo à pergunta: o que mais gostam numa mulher? Haverá diversas respostas diferentes.

 

Uns dirão que são as mamas, outros o traseiro, mas também há os mais românticos (ou já experientes, que sabem o que responder), que dizem olhos, mãos, boca... No final de alguma troca de ideias, todos acabarão por concordar que o que mais gostam é, da mulher! A natureza orientou-nos dessa forma, a bem da sobrevivência da espécie.

 

As mulheres são uma perdição. São um pouco como as flores, cheias de atributos para atrair as abelhas que pairam à sua volta. Gostam de ser o centro das atenções. Nós, homens, gostamos que elas gostem de ser!

 

Gostamos de olhar para as outras, mas odiamos que olhem para a "nossa" mulher. Uns olham mais descaradamente, outros olham de soslaio, fazem de conta que não estão a ver nada. Qual de vocês se reconhece neste filme?

 

- "Estás a olhar para onde?", pergunta ela.

- "Eu? Para lado nenhum", responde ele.

- "Estavas a olhar as mamas daquela loira?", replica ela (peço desculpa pelo esterótipo, eu até prefiro as morenas).

- "Qual loira?", disfarça ele!

 

Um diálogo transversal e universal. Na verdade, ele está a olhar, já viu e apreciou. Mas ela também. Elas olham mais do que nós. Avaliam a concorrência. Gostam de ser o centro das atenções, mesmo quando estão (bem) acompanhadas.

Uma mulher consegue fulminar um homem apenas com um olhar.

Essa é uma das razões porque se produzem tanto quando se trata de uma festa, de um local onde se prevê que vão estar reunidos muitos exemplares. Faz parte! E a noite corre melhor, quando elas sentem a confiança de ter suplantado a concorrência. 

 

Depois, temos o filme do lado oposto, quando algum marmanjo decide olhar para o nosso pedaço de céu. Aí, está tudo estragado. Principalmente se notamos que ela fica lisonjeada com o olhar. Pior ainda quando tenta desvalorizar o facto, que estamos a ver mal...

 

Mas voltando ao tema central desta conversa, e sem falar daquilo que os homens gostam numa mulher com quem querem passar o resto da vida, são os atributos físicos os que chamam a atenção. Há os que gostam de volume, os que preferem ter pouco onde pegar.

 

Vou deixar de fora opiniões pessoais. É óbvio que quando um grupo de homens está reunido, e passa uma fêmea com um belo traseiro, os comentários focam-se todos nesse aspeto. Vá, depois derivam os comentários para as mamocas, pernas, e chegam a ser discutidos os pormenores. Há sempre o garanhão que ignora qualquer outro aspeto e delira logo com aquilo que faria, recorrendo a gestos com a mão. Normalmente é aquele que tem uma grande garganta mas toca pouco na "chicha".

 

Mas a cara de uma mulher continua a ser um excelente cartão de visita. Pela cara, pelos olhos, pela forma como está tratada, a mulher transmite confiança. "Matas-me com o teu olhar", não surgiu por acaso. Uma mulher consegue fulminar um homem apenas com um olhar. Consegue transmitir horas de imaginação com um fugaz segundo. É o diabo na terra! E isso é algo que pode deixar o homem a pensar durante horas, dias a fio.

 

É a imaginação do homem aguçada ao limite por uma das armas mais poderosas do sexo oposto. Afinal, a natureza não brinca em serviço. A ciência até permite que através de plásticas se altere o nariz, as mamas, o rabo... mas os olhos, esses, são para a vida!

 

PS- A foto é de uma adepta holandesa, durante o Mundial 2010.

 

 

Esquecemos os namoros antigos?

Escrita

 

Há uns anos, para dizer a verdade, há cerca de duas décadas, era mais complicado manter o contacto com os amigos que viviam longe. Nem por telefone, fixo, as comunicações podiam ser muito longas ou assíduas. Os custos eram muito elevados.

 

Para combinar encontros, tinha de haver rigor. Havia horas marcadas, acertadas com antecedência, ou encontros regulares no café a partir das 20h30. E os amigos juntavam-se. Iam a festas, a bares, a discotecas. Num grupo de amigos sabia-se sempre onde os outros estavam a determinada hora. Hoje, não é bem assim. Os desencontros acumulam-se. Combinam-se coisas em cima da hora, marcam-se encontros importantes pelo Facebook. Quem viu, viu, quem não viu...

 

Mesmo no que respeita a namoros, os encontros, as conversas, tinham mais planeamento.

 

Por isso, a carta, escrita à mão, ou na máquina de escrever (mas era mais impessoal. E sim, há duas décadas os computadores ainda não estavam vulgarizados como hoje em dia), era o meio eleito para manter as conversas em dia. E os correios (quase) nunca falhavam. Mantive, durante algum tempo, uma espécie de amor platónico com uma amiga das ilhas.

Quem não teve uma desilusão, provavelmente, não sabe dar valor ao amor.

Dedicava tempo a escrever poemas, a descrever os meus sentimentos. Tentava aplicar o método dos romances antigos. Funcionou. Mesmo à distância, era correspondido. Cada um na sua vida, mas aquele momento em que escrevíamos ou líamos as cartas recebidas, era só nosso. A ansiedade pela resposta, que não tinha dia nem hora marcada, fazia correr para a caixa do correio diariamente.

 

A escrita era lida várias vezes, até à chegada da próxima. Ainda cheguei a fazer uma viagem até à ilha, onde estive com ela, mas, nessa altura, tinha outra namorada. E foi comigo! Tudo se manteve ao nível platónico, foi quase como se nunca tivesse estado com ela.

 

Depois de toda esta fase de correspondência, que ainda durou uns anos (não me recordo de quantos. Uma cheia, em casa dos meus pais, levou a maior parte dos papeis, das cartas, das fotos da minha infância) e de alguns, poucos, telefonemas feitos de uma cabine, só a vi mais uma vez. Um encontro rápido, de surpresa, numa vinda ao Continente, que selou uma despedida. Crescemos! Os destinos não se cruzavam, afastavam-se!

 

Tive namoradas mais altas do que eu, mais baixas; que me levaram a cometer loucuras; que passaram comigo dias inteiros no meio dos campos de malmequeres perto da casa dos meus pais; que me despedaçaram o coração; as que tiveram o coração despedaçado por mim; "a" namorada (aquela que, com alguma inocência, pensávamos vir a casar); as namoradas que nunca chegaram a ser. A maior parte, amores inocentes.

 

Estas memórias fazem parte de quem somos. Isso não representa uma traição. Não significa que o amor que tenho hoje ao meu lado não seja intenso ou verdadeiro, incondicional. Pelo contrário! É com a minha mulher, mãe da minha filha, que desejo passar o resto dos dias.

 

Já passei os 40. Sim, estou naquela fase da canção. Mas, sinceramente, não me sinto diferente do que sempre fui. Encaro, e sempre encarei, o amor da mesma forma. Dedicação, de corpo e alma à mulher que me acompanha nesta jornada. Mas, mesmo desejando passar o resto da vida com a mãe da minha filha, é impossível apagar da memória as mulheres que me acompanharam.

 

Um homem que diga que o fez, está a mentir. Tal como uma mulher. Elas, normalmente, ainda recordam mais!

Mas nós, homens, mostramos mais desconforto com as memórias delas!

 

Não sei se alguma vez pensaram no tema, mas fica aberta a discussão, para quem quiser partilhar.

Se nunca o fizeram, ou não o fazem há muito tempo, experimentem escrever uma carta de amor. Escrita à mão, com uma caneta. Escolham uma boa caneta, uma que dê prazer ao escrever e deixem fluir a veia de poeta.

 

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