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Conversa de Homens

Existe um novo paradigma de masculinidade. O Homem Deixou de ser um parvalhão, passou a ser uma pessoa!

Existe um novo paradigma de masculinidade. O Homem Deixou de ser um parvalhão, passou a ser uma pessoa!

Acabei de descobrir que existe o Men Going Their Own Way

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Sempre segui a máxima que aprendemos até morrer. Eu vivo para aprender, e ensinar o pouco que sei. E escrevo hoje para dar conta de um movimento que desconhecia até alguém o ter espetado num dos comentários à conversa que publiquei anteriormente.

 

Autodenominam-se Men Going Their Own Way, ou pela sigla MGTOW. Ao ver isso nos comentários, lá fui pesquisar o significado. Fiquei pasmado, deva dizer-se, que exista um tão grande número de homens que fogem das relações com as mulheres e que, sem querer fazer juízos, nem sequer gostam de homens também. Do ponto de vista amoroso, leia-se.

 

Acho o conceito estranho e muito difícil de perceber. Sou até capaz de compreender pessoas que odeiam estar com outras pessoas, em sociedade. Distúrbios que fogem àquilo que podemos considerar a forma normal de agir da espécie humana, do ser social. Mas recusar, simplesmente, as relações amorosas com o sexo oposto, por receio de sofrer, é algo que não compreendo e nem vou perder muito tempo a tentar perceber.

 

Percebo, no entanto, que haja opções sexuais diferentes das minhas. Aceito que haja pessoas que sintam atração sexual por outras pessoas do mesmo sexo mas custa interiorizar pessoas que, simplesmente, odeiam as mulheres, porque sim. Quer dizer, lá terão as suas razões que, como já disse, me custa compreender.

Divergimos, discutimos ideologias (muitas vezes termina com, fica com a tua que eu fico com a minha) mas daí a pensar sequer que poderia haver um movimento MGTOW vai um longo e tortuoso caminho!

Para mim, tudo assenta no amor. E o amor é mais do que sexo. Há atração sexual, desejo, daqueles que só de pensar nos percorrem o corpo com uma vontade imensa de fazer alguma loucura, e há amor por alguém de quem gostamos muito, onde se inclui a simples amizade. E quando as duas coisas se conjugam, é uma explosão de euforia, fogo de artifício do bom, não daquele que o Salvador Sobral criticou no Festival da Canção.

 

Por isso, desde que fiquei a conhecer o MGTOW só penso em OMG (Oh My God), isto existe. Talvez tenha andado distraído, fechado no meu casulo porque o tema, simplesmente, não me interessa. Não me diz nada e só me provoca indiferença. Talvez, ao falar dele, esteja a romper com alguns dos princípios que sigo na vida. Falar, talvez seja fazer propaganda gratuita. Mas não me parece que haja homens a querer aderir por causa do que escrevo. Creio que os que se identificam com o tema o conhecem e serão eles a engrossar o movimento.

 

Da mesma maneira que considero que os movimentos e discursos feministas inflamados em nada contribuem para a melhoria das relações, para a conquista dos direitos de igualdade, também acredito que esta guerra dos sexos deve ser travada de forma saudável e desafiante. Nada como um bom "picanço" para nos deixar os sentidos alerta. Uma pequena troca de palavras (com nível) pode provocar mais sensações do que um beijo. Liberta-nos a imaginação, o cérebro comanda todos os nossos póros e deixa-nos em ponto de rebuçado.

 

Como não tenho por norma (salvo raras excepções de ofensas graves e palavreado despropositado) apagar comentários dos meus textos, sinto que esta conversa faz todo o sentido. Até para explicar às mulheres que este homem que escreve estas conversas, que são de homens, mas também para as mulheres, respeita o feminino em todas as suas virtudes. E mesmo em alguns defeitos!

 

Esta conversa começou a ser escrita há uns dias e esta semana, numa troca de impressões com uma amiga no Facebook, a propósito do feminismo, fui acusado de fazer uma grande confusão sobre o que é o feminismo. Não estou confuso e estou bem ciente que não se trata do oposto de machismo.

 

As definições são bem distintas. No entanto, há mulheres que se dizem feministas e que agem mais perto de um feminismo machista do que na defesa da essência do feminismo, Mas, como costumo dizer, não passam de rótulos. E para mim, rótulos, ficam bem é nas garrafas de vinho que gosto de esvaziar em partilha (na verdade, prefiro cerveja). Não vou ser hipócrita ao ponto de dizer que sou o maior defensor dos ideiais feministas. Para mim há coisas que nem sequer deveriam precisar de discussão e o direito à igualdade de oportunidades é uma delas.

 

 

Apesar de, como já disse, defender a igualdade de direitos, também defendo que existem diferenças entre os dois sexos. E isso é uma coisa boa. Masculino e Feminino completam-se, são a harmonia da natureza.

 

Esta questão que a natureza criou (ou para os crentes, indo pela história de Adão e Eva) nada tem a ver com o direito à igualdade de oportunidades profissionais, ou em casal. Quem me segue aqui sabe que lá em casa as tarefas são divididas mas há coisas que odeio mesmo fazer, outras que ela também não gosta e como tal, dividimos. Mas nem tudo é harmonia.

 

Eu, por exemplo, sou capaz de dar algum descanso aos pratos antes de os lavar, mas acabo por o fazer. Ela, tem de os lavar logo! Prioridades pessoais. Haverá mulheres que se encaixam mais na minha tese e homens na tese que a minha mulher defende!

 

Quando cozinho, deixo tudo limpinho ainda antes de terminar e ela até pode estar sentada no sofá. Ela, por exemplo, prefere ir dando ordens para eu lavar o tacho, untar a forma... não é uma queixa, até gostamos de fazer as coisas em conjunto, são feitios. Mas quando me apetece fazer um bolo de cenoura, ou arroz doce, e ela prefere ficar sentada, e diz "vais fazer isso agora?", não me queixo! Faço e quando termino, saio da cozinha e regresso à sala ela pergunta - "não trouxeste uma fatia?"

 

Temos opiniões e maneiras de ser diferentes, somos diferentes, juntamos as diferenças e fazemos peças completas. Divergimos, discutimos ideologias (muitas vezes termina com, fica com a tua que eu fico com a minha) mas daí a pensar sequer que poderia haver um movimento MGTOW vai um longo e tortuoso caminho!

 

Para terminar, viva as mulheres, que são as mães deste mundo!