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Conversa de Homens

Existe um novo paradigma de masculinidade. O Homem Deixou de ser um parvalhão, passou a ser uma pessoa!

Existe um novo paradigma de masculinidade. O Homem Deixou de ser um parvalhão, passou a ser uma pessoa!

5 razões para recusar um par de bofetadas a João Soares

João Soares com António Costa, a bofetada

Há diversas respostas possíveis. A primeira, porque os meus pais eram educados e me educaram. Um contraste com a pessoa de João Soares. E nem vou remeter o tema para o romance de Eça de Queiroz, porque acho uma ofensa à literatura portuguesa tal associação.

 

Feito este esclarecimento, é preciso perceber porque razão uma pessoa com a responsabilidade de João Soares escreve o que escreve, com total sentido de impunidade e com uma linguagem abaixo daquilo que seria aceitável em democracia. João Soares é uma das figuras que se impõem no panorama político, literalmente, e é um dos "senhores" intocáveis em Portugal.

 

Ninguém o elegeu para o cargo onde está e a escolha de António Costa para a função de ministro da Cultura (leia-se, que deveria ser alguém com uma forte ligação às artes, culto) talvez tenha sido mais por pressão, para agradar a alguns sectores do Partido Socialista, leia-se, a ala mais soarista, socrática.

 

Mas, estará António Costa triste com este facto? Não, com este evento mediático, com expressão internacional, o primeiro-ministro tem mais do que razões para, na primeira oportunidade, demitir João Soares e livrar-se do peso.

 

No entanto, independentemente das consequências políticas que estas afirmações possam ter, a verdade é que isto é feito graças à total impunidade com que se faz pressão sobre a Liberdade de Expressão. E dirão alguns: então e João Soares não tem liberdade para se exprimir? Sim, tem, mas também tem a responsabilidade de um poítico e numa sociedade democrática, liberdade de expressão não deve ser confundida com "posso fazer o que me apetece, até ofender o próximo".

 

A linha que separa a democracia de uma anarquia pode ser, para alguns, muito fina, mas existe! E são as regras que António Costa pretende adoptar para as redes sociais, que também estão aqui em causa. Porque se João Soares as seguisse, estas palavras nunca (quero acreditar nisto) teriam visto a luz do dia!

 

Mas, eis a lista de 4 razões que me fazem recusar esbofetear João Soares:

  1. Arrisco-me a ser cuspido, quando lhe assentar a mão nas bochechas
  2. Só de pensar no tema fico com vontade de lavar as mãos
  3. Acredito que a violência não resolve a maior parte dos problemas
  4. Até para levar uma bofetada é preciso integridade
  5. Fui educado. (ponto)

 

É preciso não esquecer que João Soares foi também, recentemente, protagonista no Facebook ao comentar a notícia do Público que dava conta da contratação do seu filho para uma função na Câmara de Lisboa, com um salário de 2.800 euros.

Drones vão salvar vidas no Ruanda

Drone entrega no Ruanda

 

Os drones estão na moda. Este é um facto incontornável dos últimos 3 anos e muito dificilmente há quem não tenha já olhado para o céu e visto um destes pedaços de tecnologia. Ou pelo menos, já se cruzou com uma série de imagens captadas por um drone.

 

Conhecidos há muito tempo pelo uso militar, os drones estão agora vocacionados para lazer e podem mesmo salvar vidas. Há, ainda, muitas questões relativas à segurança e privacidade, que têm de ser legisladas e, por isso mesmo, o negócio de entregas, por exemplo, nas grandes cidades, é ainda um cenário de futuro.

 

No Ruanda, a partir do verão, os drones vão salvar vidas. A Zipline, uma startup de Sillicon Valley, vai lançar, em colaboração com o Governo do Ruanda, um programa de entrega de medicamentos, vacinas e sangue, a hospitais localizados em zonas de difícil acesso.

 

Uma frota de 15 drones não tripulados, com capacidade para fazer entregas até uma distância de 60 quilómetros, servirá de teste num país onde a legislação está a ser colocada atrás da necessidade médica, com o objetico de salvar centenas de vidas de pessoas com a entrega de um "simples" pacote com sangue.

 

Há já algum tempo que os gigantes da indústria (como o Google e Amazon) falam da possibilidade de entregas ao domícilo através de drones, nos Estados Unidos, mas a necessidade de legislação tem impedido o avanço deste serviço. Os testes, no entanto, têm sido feitos de forma controlada. Num futuro próximo, será incontornável a utilização desta tecnologia para diversos serviços.

 

Com esta estratégia, a Zipline dá um passo em frente nas experiências, com o objetivo de lançar o serviço em mais países africanos. Quando se olha para o Continente Africano, com os níveis de pobreza elevados, é difícil perceber porque razão se aposta em tecnologia nestes países. Este serviço será uma das respostas.

 

Zipline - Delivery Route.png

O Ruanda é um dos países mais pobres do mundo, está na posição 170, num ranking do FMI de 2014, que avalia o PIB dos países.

 

Além disso, é preciso não esquecer que existem fundos, com vários milhões de euros, a apostar em África, em projetos de tecnologia. É aqui que existe o maior potencial de crescimento e onde a tecnologia pode fazer a diferença entre a vida e a morte de milhares de pessoas, em especial crianças e mulheres.

Depois deste teste, talvez seja em África que vamos ver os primeiros serviços de entrega em casa, com custos realmente baixos.

 

Entregas que salvam vidas

Com este projeto do Ruanda, os 15 drones não tripulados terão capacidade para realizar entre 50 a 150 entregas por dia. E tudo funciona de forma muito simples. Com o envio de um SMS, por parte de um profissional de saúde, através da rede móvel do Ruanda, o drone fica pronto para levantar voo em poucos minutos, chegando ao destino sem preocupação com os acidentes do terreno e a ausência de infraestruturas que impedem a chegada, por outros meios. A embalagem, transportada num contentor refrigerado, é largada com recurso a um paraquedas. O Drone, regressa à base de onde partiu para substituir a bateria e receber novas instruções através do cartão SIM.

 

A questão da refrigeração é crucial nesta operação já que, normalmente, no caso do sangue, os pacientes acabam por ser tratados com sangue sem condições de utilização.

 

No limite, olhando para as previões de entregas, este projeto pode significar salvar 150 vidas por dia.

Os drones alcançam velocidades de 100 km/hora e podem voar, com recurso a GPS, em segurança com ventos até 48 kmh.

 

O problema detetado no Ruando assenta no facto de mais de dois milhões de pessoas não terem acesso a bens médicos essenciais, devido às dificuldades de acesso. A consequência, mais de 2,9 milhões de crianças, com menos de 5 anos, morrem todos os anos. E, de acordo com os dados existentes, cerca de 150 mil mortes relacionadas com a gravidez poderiam ser evitadas se as mães tivessem acesso a sangue saudável.

 

A escolha do Ruanda, de acordo com a informação da Zipline, assenta no facto de ser um país com uma dimensão que permite operacionalizar todo este sistema a partir de uma única base e cobrindo todo o território.

Esta demonstração servirá para provar as vantagens da utilização dos drones e para a necessidade de uma legislação mais célere que permita um serviço idêntico também nos países ditos civilizados.

Mapa das operações da Zipline no Ruanda

A utilização dos drones tem um potencial de negócio a grande escala mas, além da legislação específica e regras de segurança (já que além dos acidentes há todas as questões relacionadas com roubos) é crucial uma forte cooperação entre as empresas, já que não será fácil coordenar o espaço aéreo em zonas de grande densidade populacional.

 

A abertura do Governo do Ruanda a esta tecnologia tem também por base a intenção de se tornar numa espécie de rampa para os negócios tecnológicos no continente africano.